Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo-15 (IPCA-15), que apura a variação depreços na primeira quinzena de cada mês, ficou em 0,29%em setembro. A taxa, que serve como uma prévia da inflaçãomensal, ficou abaixo da registrada em agosto (0,42%), quando ainflação apurada pelo IPCA para os trinta dias do mêstotalizou 0,47%. Os dados foram divulgados hoje (21) pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).De acordocom o instituto, a desaceleração no ritmo de aumentodos preços de alimentos (de 1,61% 0,87%) e bebidas foi o quemais contribuiu para a taxa menor de inflação emrelação à primeira quinzena de agosto. O leite eseus derivados tiveram novos aumentos de preços e continuaramsendo os produtos com maior impacto no grupo dos alimentos, mas aalta foi menor (1,98%) do que no levantamento anterior (13,91%).Omesmo ocorreu com outros alimentos que subiram menos, como a carne(1,46% contra os 4,21% anteriores) e o pão francês(0,64% contra 1,86%). Já o feijão preto e o arroztiveram aumentos mais acentuados. O primeiro passou de 3,64% para4,76% e o segundo de uma deflação de 0,15% para alta de3,23%.Entre os produtos não-alimentícios, quetiveram inflação de 0,13%, foram destaque as quedas nopreço da gasolina (0,86%), do álcool (2,08%) e dotelefone fixo (0,82%). Segundo o IBGE, a região metropolitanade Recife foi a que apresentou a maior prévia da inflaçãode setembro (0,69%), principalmente, por causa de um aumento de 7,66%no preço cobrado pela gasolina. O menor resultado regional doIPCA-15 foi registrado em Goiânia (0,08%).Com a taxa de setembro (0,29%), o Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que acumula a préviasde inflação do trimestre, ficou em 0,95% para o períodocomeçado em julho. Nosúltimos 12 meses o IPCA-15 soma 4,20% e de janeiro a setembrode 2007 o acumulado é de 3,15%.