Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-líder doDEM na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), pediu hoje(20) a expulsão de três parlamentares que votaram afavor da prorrogação da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)e da Desvinculação de Receitas da União (DRU)até 2011. A votação ocorreu ontem e as duasmatérias foram aprovadas por 338 votos, contra 117 e duasabstenções.Paulo Bornhausen disseque o partido havia fechado questão sobre as matériaspara que toda a bancada votasse contra a prorrogação.Mas os deputados Bispo Rodovalho (DF), Edmar Moreira (MG) e LaelVarella (MG) teriam desobedecido uma orientação dabancada.“Foi uma quebra deregras do partido, de um filiado com relação a umadecisão do partido, e essa decisão partidáriafoi tomada pelas bancadas no senado, na câmara por unanimidadee pela executiva nacional do partido”, disse.O deputado acrescentou aindaque o parlamentar pode descordar da orientação dopartido internamente, mas quando o partido fecha questãorelativa a alguma matéria o parlamentar tem que votar sob a orientação partidária.A CPMF prevê taxação de0,38% nas movimentações bancárias - 0,20% é repassado para saúde, 0,10%para previdência social e 0,08% para erradicação da pobreza. Acontribuição foi criada para ser provisória em um momento de crise no setor.Segundo informações do Tesouro Nacional, desde que foi criada, em 1996,a CPMF arrecadou R$ 203bilhões.Com validade até dezembro de 2004, uma nova prorrogação da CPMF foidefinida em 2003, por proposta de emenda à Constituição (PEC) queprevê a cobrança até dezembrodeste ano. Caso seja prorrogada novamente, a CPMF valerá até 2011. A proposta precisa ser votada em segundo turno na Câmara e deve passar por outras duas no Senado.