Sindicato avalia que acordo proposto por Correios tende a dividir comando de greve

20/09/2007 - 8h13

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O acordo feito na tarde de ontem (19) em Brasília  por um grupo de parlamentares, a direção dos Correios e o Ministério das Comunicações sobre o reajuste salarial da categoria, tende a dividir opiniões dentro do comando de greve, na avaliação do  Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).Para os dirigentes da entidade, a tendência é de que vários estados, como Paraná, Goiás  e Rio Grande do Sul rejeitem hoje (20), a proposta nas assembléias,  por considerar que o avanço em relação à oferta anterior é mínimo. O sindicato paranaense realiza a  assembléia agora pela manhã para analisar a proposta e fazer uma avaliação dos oito dias de paralisação, que já atinge cerca de 90% dos  seis mil funcionários do estado.O diretor de Finanças e Administração do Sintcom-PR, Sebastião Cruz disse que, se  depender do Paraná, a greve vai continuar  porque a categoria  não aceitará aumento parcelado. Além disso, deve ser considerado que a  data-base é em agosto, não em janeiro. Outra questão levantada pelo sindicato paranaense é que abono é uma medida "prejudicial", pelo fato de não ser incorporado aos salários.A última proposta da empresa é de  3,74% de reajuste, mais R$ 500 de abono e R$ 60 de aumento real em janeiro de 2008. Para o acordo coletivo de trabalho ser assinado, é preciso que pelo menos 18 dos 33 sindicatos da categoria no país aceitem a oferta.