Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o comando de greve dos trabalhadores discutem hoje (20), em nova reunião de conciliação, uma proposta para pôr fim à greve que teve início no último dia 13. A reunião tem início às 14 horas no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A negociação passou a ser analisada pela Justiça, depois que a empresa entrou com ação de dissídio coletivo na última terça-feira (18). A primeira audiência do processo ocorreu ontem (19), quando o ministro Milton de Moura França pediu que houvesse uma nova tentativa de acordo e marcou a reunião de hoje para que os trabalhadores apresentem seus argumentos no dissídio coletivo. A última proposta da empresa é de 3,74% de reajuste, mais R$ 500 de abono e R$ 60 de aumento a partir de janeiro de 2008. Os trabalhadores reivindicam aumento de R$200 e um plano de reposição das perdas salariais de 47,77%, além de implementação do Plano de Cargos e Salários, melhores condições de trabalho, novas contratações e licença maternidade de seis meses.Para os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a tendência é de que vários estados, como Paraná, Goiás  e Rio Grande do Sul rejeitem a proposta da direção da estatal, por considerar que o avanço em relação à oferta anterior é mínimo. De acordo com estimativa da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), cerca de 80% do setor operacional (carteiros, triagem, motoristas e atendentes) aderiu à greve, totalizando aproximadamente 76 mil funcionários.