Venda de imóveis em São Paulo cresce quase 10%

19/09/2007 - 14h19

Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A venda de imóveis no estado de São Paulo cresceu 9,76% no primeiro semestre de 2007 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 14.430 unidades vendidas nos seis primeiros meses deste ano contra 13.147 unidades no primeiro semestre de 2006. Em valores, foram negociados R$ 4,37 bilhões, com crescimento de 6,26% em relação ao primeiro semestre de 2006, quando o total negociado chegou a R$ 4,12 bilhões.Os números foram apresentados hoje (19) pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) no lançamento do Salão Imobiliário São Paulo (Sisp), que vai ser realizado no período de 27 a 30 deste mês.De acordo com o presidente do Secovi, Romeu Chap Chap, o momento para o mercado habitacional é positivo e caminha junto com o bom momento da economia brasileira. “O mercado habitacional está crescendo substancialmente e, através do marco regulatório do setor, das leis sobre financiamentos imobiliários e a concorrência entre os bancos, o mercado imobiliário alavanca e o crescimento vai ser contínuo.” Para Chap Chap, a crise imobiliária americana não afeta o mercado brasileiro. “A crise americana não afetará o mercado brasileiro, que é muito forte, está aquecido, e há grande demanda. E a crise imobiliária americana foi por excesso de financiamento desqualificado”, destacou Chap Chap. Segundo ele, é só olhar pelas ruas e verificar a quantidade de empreendimentos habitacionais para que se perceba o momento. “O Brasil está virando um canteiro de obras.”  Em contrapartida, como reflexo deste momento, “estão faltando engenheiros e mestres de obras no Brasil inteiro”, acrescentou.Outro fator que aquece o mercado são os empreendimentos que dão prioridade à população de baixa renda. “Nós estamos começando um processo de atender a baixa renda. Mesmo com os recursos do fundo de garantia [FGTS], que, de certa maneira, eram utilizados para financimento de habitação popular, a baixa renda estava pouco atendida”, disse Chap Chap.De acordo com o presidente do Secovi, os bancos viram a necessidade de entrar no mercado de imóveis para baixa renda. “Está havendo crescimento da renda do brasileiro, está havendo diminuição da pobreza, e isso siginifica que tem uma massa de pessoas neste país que começa a ter condições de comprar um imóvel em vez de pagar aluguel.” Para ele, o Plano de Aceleração de Crescimento (PAC) está diretamente ligado neste nicho. “O PAC tem a ver com a construção imobiliária de baixa renda, tem muitos recursos sendo alocados.”Por fim, Chap Chap destacou a importância da construção civil para a economia do país. “A construção civil é a grande alavancadora da economia, sem dúvida nenhuma. E a imobiliária, em particular, preenche todos os espaços (criados pela construção civil)”.