Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O custode implantação de projetos de Mecanismo deDesenvolvimento Limpo (MDL) restringe a participação deiniciativas locais no mercado de carbono, segundo a assessora de meioambiente da Confederação Nacional de Municípios,Diane Rangel.A representante defende que os municípiossão atores importantes para garantir o desenvolvimentosustentável, mas não executam ações nessesentido por falta de recursos. “Os governos locais nãoconseguem alcançar o mercado de carbono, ter acesso ao MDL,pela complexidade e quantidade de recursos que é necessárioalocar. É um processo muito caro”.Os projetos de MDL são autorizados com baseem regras da Organização das NaçõesUnidas (ONU) e dos governos nacionais. Etapas de elaboraçãoe validação dos projetos são feitas por empresasprivadas, credenciadas pelas Nações Unidas. Rangelcalcula que o custo dos serviços dessas empresas podem chegara US$ 70 mil, cerca de R$ 130 mil.Segundo Rangel, a confederaçãopretende reivindicar a criação de um fundo com verbasdo governo federal para financiar projetos de MDL de iniciativa degovernos municipais. “Estamos estudando o assunto internamente equeremos apresentar uma proposta ao governo nesse sentido”,adiantou.O MDL é um mecanismo de compensaçãoincluído no Protocolo de Quioto. Ele permite que empresas depaíses desenvolvidos financiem projetos para geraçãode energia limpa – sem liberação de carbono – empaíses em desenvolvimento e assim compensem suas emissõespara atingir as metas assumidas no protocolo.A assessoraparticipou hoje (19) da Conferência Internacional Rio + 15,seminário promovido por uma empresa da área de projetospara redução de emissão de gases consideradoscausadores do efeito estufa.