Escolas brasileiras deveriam seguir modelo da Revolução Industrial, diz economista

17/09/2007 - 13h40

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A divisão detrabalho nas escolas brasileiras deveria seguir o modelo da RevoluçãoIndustrial, que promoveu um conjunto de mudanças tecnológicas com impacto noprocesso produtivo, iniciada no Século 18. O argumento édo economista Cláudio de Moura Castro,  presidente do Conselho Consultivo da FaculdadePitágoras, que participou hoje(17) do seminário Ensino Médio Diversificado, naCâmara dos Deputados. “Tivemos no Século18 a Revolução Industrial com a divisão detrabalho e especialização de funções.Muitos educadores não descobriram isso. Eles acham que hoje oprofessor tem que fazer tudo, descobrir qual é o livro melhor,selecionar as leituras, os pontos mais importante, preparar a aula efazer com que o aluno aprenda. Isso é demais para oprofessor”, disse Castro à Agência Brasil. Segundoele, em outros países existem livros com instruçõese detalhamento das aulas para o professor. “O professor tem quedar aula, tem que fazer o 'olhinho' do aluno brilhar e alguémfaz o resto para ele”, defendeu Castro.Para o organizador doseminário, o presidente da Comissão deEducação e Cultura da Câmara, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), para melhorar a educação é necessário aplicar ações “simples”, como“um pouco de autonomia” para as escolas, com recursosfinanceiros, “professores comprometidos e bem apoiados”. “Muitas vezes a gentefala muito em internet, em colocar computadores nas escolas, quando odever de casa é deixado em segundo plano. Pensamos que ascoisas podem caminhar junto”.Vieira lembrou que, muitas vezes, a criança mal aprendeu a ler e escrever no período certo e já se pensa em equipar a escola com uma ferramenta como um computador, sem que ela tenha tido a base para usar essa tecnologia. Na opinião do deputado, as coisas podem  ser paralelas: tanto se pensa em grandes projetos, como adota ações simples.