Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) reuniram-se hoje(13) com representantes do Instituto Nacional de Colonizaçãoe Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Sul para discutirquestões relacionadas a assentamentos de famílias. Desdeontem (12), integrantes do MST ocupavam o prédio da superintendência do Incra no RS para cobrar agilidade nareforma agrária e pedir assentamento de 2.500famílias que estão acampadas no estado. Nareunião desta tarde, os trabalhadores sem-terra reivindicaramao governo maior controle das áreas ocupadas pelas plantaçõesde eucaliptos e prioridade no assentamento de famíliasque estão há mais de quatro anos acampadas. Deacordo com um dos coordenadores do MST do Rio Grande do Sul, MauroCivulski, o governo tem feito apenas promessas. “Já fazcinco anos que o problema existe. Achamos uma covardia do governo queveio da classe trabalhadora e hoje não tem uma políticacom uma reforma agrária. Há anos a reforma nãoavança no país”, protesta.Osuperintendente regional do Incra do RS, Mozar Artur Dietrich, afirmou que a meta do governoé assentar 1.280 famílias no estado e que o problema da reforma agrária é permanente, porque na medida que famílias sãoassentadas, surgem novos sem-terras. “Nós traçamosalguns objetivos e números de assentamento, mas nãoconseguiremos atingir as metas que o movimento está pedindo.No entanto, estamos lutando para cumprir o prometido", disse.Segundodados do Incra, atualmente 365 famílias já estãoassentadas no estado e 243 famílias aguardam sua vez. Ocoordenador de MST afirmou que a sede do prédio do Incra serádesocupado amanhã, mas os manifestantes seguem para a fazendaGuerra em Coqueiros do Sul.