Senador Casagrande diz que cumpriu com sua missão

05/09/2007 - 14h54

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador RenatoCasagrande (PSB-ES), um dos relatores do processo que pediu acassação do presidente do Senado, Renan Calheiros, porfalta de decoro parlamentar, no Conselho de Ética, afirmou quesua missão foi cumprida. “Fizemos [ele e asenadora Marisa Serrano] um trabalho com uma base técnicamuito consistente. O nosso relatório, aprovadomajoritariamente, é uma peça que o conselho estáoferecendo ao plenário do Senado para que o plenáriopossa seguir o mesmo exemplo e manter o Senado conectado com asociedade brasileira, que exige das instituições rigorna hora de aplicar as penalidades a quem dela está merecendo",disse.Casagrande nãoquis comentar possíveis resultados na votação noplenário do Senado, marcada para semana que vem, mas disseesperar que a cassação seja aprovada. "Eu tenhoexpectativa que o Senado queira, de fato, dar o exemplo",afirmou.O senador Almeida Lima(PMDB-SE), um dos integrantes da comissão de relatores darepresentação contra Renan, considerou injusta adecisão do Conselho de Ética. Ele apresentou voto emseparado pedindo o arquivamento do processo, mas foi derrotado. "Vejo como umadecisão injusta, que não reflete a verdade dos autos, aprova que foi produzida. Espero que o plenário tome a decisãoacertada que é exatamente pelo arquivamento diante da falta deprovas", defendeu.Almeida Lima afirmouque vai continuar trabalhando para obter votos em favor de RenanCalheiros na votação do plenário. "Nãotenha a menor dúvida. Eu sempre vou trabalhar para manter aminha convicção, e a minha convicção énesse sentido [trabalhar em favor de Renan]", disse.Segundo ele, a derrotade Renan Calheiros no Conselho de Ética não pode sercomparada à votação em plenário. "Nadatem a ver a reunião do Conselho de Ética, que écomposto por 16 senadores, e o plenário, composto por 81".A representaçãocontra Renan Calheiros, aprovada por 11 a 4 será, agora,transformada em Projeto de de Resolução e encaminhadaainda hoje à Comissão de Constituição eJustiça para análise da admissibilidade. A expectativaé que o processo seja votado em plenário do Senado napróxima quarta-feira (12).