Priscilla Mazenotti e Roberta Lopes
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Ao defender no Conselho de Ética do Senado o voto em separado que pede oarquivamento do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), o senadorAlmeida Lima (PMDB-SE) disse que não há provas suficientespara condenar o presidente do Senado.Renan Calheiros é acusado de ter contas pessoais pagaspelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. ParaAlmeida Lima, o fato de Renan ser amigo de Gontijo não pesa contra ele.“Por que dizer que Renan tem de escolher melhor os amigos? Há algumatestado de inidoneidade desse senhor?”, questionou o parlamentar sergipano.Ao chegar para a reunião do Conselho de Ética,Almeida Lima também defendeu o presidente do Senado. “A histórialogo, logo vai mostrar que Renan é vítima nesse processo. Omomento de julgamento não é da sociedade. Não vou me deixar substituirpela sociedade, que nem conhece o processo. A sociedade se manifestanas urnas.”Depois da argumentação de Almeida Lima, os senadoresirão votar o relatório de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande(PSB-ES) que recomenda a cassação de Renan Calheiros. Por acordo feitocom as lideranças, o relatório deve seguir ainda hoje (5) para a Comissãode Constituição e Justiça (CCJ), onde devem ser analisados os preceitos constitucionais darepresentação.