Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dada a atual estrutura fiscal, a suspensão da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) dificultaria o cumprimento da meta fiscal e levaria à redução dos programas sociais.Aavaliação foi feita pelo ministro da Fazenda, GuidoMantega, ao participar de audiência pública na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que avalia a proposta de prorrogaçãoda CPMF até 2011.Segundoo ministro, a interrupção da cobrança do chamado“imposto do cheque” traria “sérias conseqüências”para o financiamento das áreas de saúde e assistênciasocial. Ele lembrou que o programa Bolsa Família perderia aprincipal fonte de financiamento. Em 2006, 90% dos recursos da CPMFdestinados ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobrezaforam para o Bolsa FamíliaMantegadestacou que a extinção da CPMF, como querem alguns,inevitavelmente reabriria a discussão sobre o impacto dosaneamento e do Bolsa Família na saúde. Nadiscussão da qualidade da CPMF, Mantega afirmou que épreciso considerar algumas vantagens em relação aoutros impostos, já que qualquer movimentaçãofinanceira retém o imposto, com baixo custo na cobrançatanto para o Fisco quanto para o contribuinte.