Líderes partidários querem acelerar votação do processo contra Renan Calheiros no plenário

04/09/2007 - 18h03

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDBno Senado, Arthur Virgílio (AM), propôs hoje (4)que assim que a representação contra o presidente daCasa, Renan Calheiros, por falta de decoro parlamentar, for votada noConselho de Ética, siga imediatamente para votaçãona Comissão de Constituição de Justiça(CCJ). A votação no conselho está marcada paraamanhã (5).Logo após odiscurso do presidente do Senado com duras críticas àdecisão do Conselho de Ética de estabelecer votaçãoaberta para o pedido de cassação, o líder tucanoapresentou a proposição. Ele defende que no máximono dia 12 a representaçãoseja votada no plenário do Senado."Nós nãotemos mais controle sobre isso [representação contraRenan]. Temos que até quarta-feira [dia 12], nomáximo, resolver isso em plenário", defendeuArthur Virgílio. A proposta contou com oapoio da líder do bloco governista, senadora Ideli Salvati(PT-SC), e do líder do DEM, José Agripino (RN).Ideli disse que abancada do seu partido é unânime ao considerar que"amanhã (5) deve-se cumprir a votação noConselho de Ética, e se possível na Comissão deConstituição e Justiça, para que se encaminhe adecisão o mais rápido possível ao plenáriodo Senado".O senador Agripinoafirmou que os senadores já têm opiniãoformada a respeito do caso e não cabe mais qualquer tipo deapelo. "Temos que ser pragmáticos. É constrangedorpara o senhor [Renan Calheiros] e para nós, ter queouví-lo se defender a cada denúncia. Isso édesagradável, muito desagradável", afirmouAgripino Maia.O líder do PSB,senador Renato Casagrande (ES), um dos relatores da representaçãocontra Renan na Comissão de Ética também apoioua proposta de se acelerar a tramitação do processocontra o presidente do Senado. "O processo jáestá pronto para a avaliação no Conselho deÉtica. Não sei se seria possível votá-loamanhã (5) na CCJ. Mas, com certeza, até quinta-feira [6], isso pode ser feito, para que na semana que vem o plenárioda Casa delibere", disse o parlamentar.