Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-diretor da Polícia Federal PauloLacerda, indicado para assumir a diretoria da AgênciaBrasileira de Inteligência (Abin), disse que direitosfundamentais, como a privacidade e a intimidade, devem serrespeitados, mas em casos de suspeitas como práticas criminaisque possam prejudicar o país, como o terrorismo e a sabotagem,a Abin precisa ter meios legais para atuar. “O Congresso Nacional deve discutir amplamente apossibilidade de a inteligência governamental ser munida dedispositivos legais para realizar investigação sigilosacom ordem judicial que a permita se antecipar a tais atos ilegais”,disse. Ele está sendo sabatinado pela Comissão deRelações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.Na sua exposição inicial, Lacerdadestacou que a Abin precisa estar tecnicamente preparada parafornecer informações ao presidente da República,“principal destinatário do conhecimento estratégico aser difundido pela Agência Brasileira de Inteligência”,com o objetivo de fundamentar as decisões do país.Para assumir o cargo de diretor-geral da Abin,Lacerda precisa ser aprovado pela comissão e pelo plenáriodo Senado. Lacerda substituirá o atual dirigente da agência,Márcio Buzanelli. A mensagem de encaminhamento da Presidênciada República ao Senado com a indicação deLacerda foi publicada ontem (3) no Diário Oficial da União.