Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Um relatórioelaborado pela Organização Mundial de Saúde(OMS) alerta que as doenças contagiosas estão setornando uma ameaça à saúde públicaglobal. As principais causas de contaminação sãoatribuídas ao aumento da movimentação de pessoaspor diferentes países.
As conclusões do estudo estãosendo divulgadas pelo gerente da área de Vigilância emSaúde e Gestão de Doenças da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.
Em palestra no auditório doCentro de Pesquisas Aggeu Magalhães, unidade da FundaçãoOswaldo Cruz (Fiocruz), ele afirmou que 40 doenças antesdesconhecidas, estão proliferando no mundo.
Segundo Barbosa, essas epidemias, alémdo sofrimento causado às pessoas, provocam restriçõesao comércio e perdas econômicas. Ele citou como exemploa Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), que afetouos países asiáticos em 2003, se espalhou rapidamente eresultou em quase 800 mortes e prejuízos de US$ 60 bilhões.
Barbosa apontou as viagens aéreascomo fatores para disseminação de vírus ebactérias transmissíveis por via respiratória.“Ano passado houve um caso de um surfista que vinha da Ásiapara o Brasil e transmitiu sarampo a dois passageiros do avião,mas essa foi uma situação rara".
Depois de explicar que em aviõessomente são consideradas "sob risco", pessoas queestão duas poltronas à frente e duas atrás dapessoas contaminada, porque o ar circula lateralmente no avião,Barbosa reforçou a importância da comunicação,nesses casos.
"De toda forma éimportante que em caso de doença as empresas áreasforneçam imediatamente os nomes dos passageiros para que aspessoas sejam monitoradas e saibam se estão contaminadas ounão”, enfatizou.
Segundo Jarbas Barbosa, a AssociaçãoInternacional de Transportes estima que no ano passado mais de 2bilhões de pessoas fizeram viagens aéreas, o queaumentou o risco de epidemias.
Barbosa disse ainda que aimplementação de normas internacionais de vigilânciae prevenção por todos os países, além decompartilhamento de informações sobre ocorrênciasde doenças novas estão entre as recomendaçõesda OMS para fazer frente à vulnerabilidade da saúdepública global a epidemias.
