IML já identificou corpos de seis das oito vítimas da colisão de trens em Nova Iguaçu

31/08/2007 - 14h54

Flávia Martin
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro já identificou os corpos de seis dos oito mortos na colisão entre dois trens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No acidente, que ocorreu na tarde de ontem (30), mais de 100 pessoas feridas e cerca de 20 continuam internadas.No início da tarde de hoje (31), o diretor-médico do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, Marcelo Castro, informou que duas pessoas continuavam em estado grave. Uma delas foi submetida a uma cirurgia e apresentava fraturas múltiplas na bacia.O Hospital da Posse, para onde foram levadas 30 vítimas na noite de ontem, recebeu reforços na equipe médica e na enfermagem, além de bolsas de sangue do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) e do Hospital dos Servidores do Estado.Marcelo Castro confirmou que o tomógrafo do hospital, aparelho que realiza exames mais detalhados dos pacientes, não está funcionando. Os dois feridos que dependiam desse exame foram encaminhados para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, também na Baixada.A empregada doméstica Rosana Teófilo foi ao Hospital da Posse, à procura da irmã, Rosângela, cujo nome não constava da lista dos internados. "Desde ontem, desde o momento do acidente, todo mundo saiu de casa para ir até lá. A gente chegou lá, começou a rodar, a procurar, aí, os guardas não deixavam a gente chegar perto. Ninguém dormiu na minha casa", disse ela. Pouco depois, no entanto, Rosana teve a confirmação de que sua irmã era uma das vítimas fatais.No local da colisão, próximo à estação ferroviária de Austin, técnicos da SuperVia, empresa concessionária que opera os trens no Estado do Rio, ainda trabalhavam, na manhã de hoje, para remover os destroços e os ferros retorcidos que  continuavam na linha. Os pertences dos passageiros apareciam à medida que os técnicos remexiam nas ferragens.Os moradores das casas que margeiam a linha do trem continuavam assustados com o que viram. Foram eles que prestaram os primeiros socorros aos passageiros acidentados, antes da chegada dos bombeiros. Depois, acompanharam de suas casas  a intensa movimentação de bombeiros na remoção das vítimas, que só foi encerrada na madrugada de hoje.