Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Quem vê um plenário cheio de mulheres discutindo os rumos das políticas públicas para os próximos anos não imagina que em uma sala perto dali crianças brincam em pulas-pulas e se divertem com bolas, quebra-cabeças e outros jogos.  Na manhã de hoje (18), algumas das mães da 2° Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres puderam contar com uma creche para participar um pouco mais tranqüilas dos debates.A professora Olindina Serafin, representante do estado do Espírito Santo, visitou todos os espaços do ambiente para se certificar que deixaria a filha Sara em boas mãos. Para ela, este recurso é fundamental para as mulheres. “Primeiro porque podemos fazer a nossa militância e estar com os nossos filhos. Depois, porque é um exemplo de autonomia que damos para os nossos filhos, que seguros, também se sentem independentes”, afirmou a professora.A creche deve receber cerca de 30 crianças por dia durante a Conferência. E muitas, ainda bebês de no máximo quatro meses. O que não será surpresa, já que o local está equipado com berçário, cozinha e toda infra-estrutura para atender bem e distrair a molecada. O local funcionará durante todo o dia e estará aberto até a segunda-feira (20), quando termina o evento.Segundo Maria Ednalva Bezerra, integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e uma das organizadoras da conferência, o espaço foi pensando para oferecer tranqüilidade às mães participantes. "Muitas mulheres não têm com quem deixar os filhos ou ainda como pagar uma empregada doméstica enquanto está aqui", disse. Na última Conferência, em 2004, o serviço não foi oferecido.