Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O traficante de drogas colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia é o 60ºpreso a ocupar uma das 208 vagas do presídio federal desegurança máxima de Campo Grande (MS).Preso na últimaterça-feira (7) durante a Operação Farrapos, daPolícia Federal (PF), Abadia foi transferido no final da tarde deontem (11) da carceragem da PF em São Paulo para o presídiofederal, onde também estão os criminosos Luiz Fernandoda Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e José Reginaldo Girotti,apontado como líder do assalto ao Banco Central ocorrido emFortaleza em 2005. Opedido de transferência foi feito pela 6ª Vara da Justiça de SãoPaulo, por motivo de segurança, à JustiçaFederal de Campo Grande. Coordenada pelo Departamento PenitenciárioNacional (Depen), do Ministério da Justiça, a operação teve apoio de policiais federais. Naúltima quarta-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) RicardoLewandowski decretou a prisão preventiva para extradiçãode Abadia. A prisão havia sido pedida pelo governo dos EstadosUnidos, baseada em tratado de extradição firmado com oBrasil. Segundoa assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, cabeao Itamaraty informar o governo norte-americano da concessãoda prisão preventiva para extradição pelo STF. Apartir desse comunicado, os Estados Unidos têm prazo de 60 diaspara pedir a extradição. Deacordo com o ministério, o prazo para a permanência dotraficante colombiano no presídio federal é de um ano,prorrogável pelo mesmo período.JuanCarlos Ramirez Abadia tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão, segundo o Departamento de Estadonorte-americano.