Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo criou uma "nova engenharia" de liberação de recursos, reduzindo as disputas entre prefeitos e governadores. A afirmação foi feita hoje (3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao anunciar a liberação de R$ 6,835 bilhões para obras de saneamento básico e urbanização de favelas em 12 estados e no Distrito Federal."Os prefeitos, antigamente, se queixavam de que o dinheiro era dado para os governos dos estados, e os governos dos estados o distribuíam de acordo com o critério político nos estados. Era a coisa que o ministro das Cidades mais ouvia ao longo do tempo", disse Lula. "Resolvemos construir uma outra engenharia, colocar na mesma mesa o governador, os prefeitos e o governo federal, para que, juntos, escolhêssemos as obras que iríamos fazer", completou.Lula justificou o fato de o governo ter selecionado, na primeira fase, projetos nas periferias das regiões metropolitanas, que opresidente classificou de "centro mais nervoso da sofrível vida de quem mora na periferia" das cidades. "Nesse espaço disputado com ratos, com baratas, a que, nos grandes centros urbanos, as pessoas foram segregadas".O presidente pediu que os prefeitos e governadores acompanhem as obras de saneamento e de urbanização. "É importante que cada governo crie um conselho gestor para acompanhar essa obra, para ver qual é o problema, por que a obra não está andando, o que está acontecendo, porque hoje, com a internet, em tempo real, a gente pode discutir o problema no mesmodia." Lula recomendou ainda que os prefeitos criem conselhos gestores para fazer as obras do PAC.