Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O custo da cesta básica em julho subiu em nove das 16 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica divulgada hoje (3), as altas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (7,07%) e Natal (6,52%). As maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-4,40%), Belo Horizonte (-2,08%) e Curitiba (-1,81%).A cesta mais cara do país continua a ser a de Porto Alegre. Na capital gaúcha, a cesta custou R$ 200,97 em julho, seguida por São Paulo, onde chegou a R$ 186,98. A cesta mais barata é a de Fortaleza, a R$ 130,83.Os produtos responsáveis pelo aumento foram a carne, que subiu em 15 das 16 capitais analisadas pelo Dieese, o leite in natura, cujo preço subiu em 14 das 16 capitais, e o feijão, que teve aumento em 12 capitais.Segundo o Dieese, em julho, o salário mínimo suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência seria de R$ 1.688,35, o que corresponde a 4,44 mais que o salário mínimo atual (R$ 380).Para adquirir os produtos que compõem a cesta básica, o trabalhador brasileiro precisou cumprir, em média, uma jornada de trabalho de 92 horas e 37 minutos, em julho.