Assembléia determina fim da greve no metrô de São Paulo

03/08/2007 - 19h02

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A assembléia do Sindicato dos Metroviários decidiu por encerrar a greve iniciada na madrugada de ontem (02) em São Paulo. Hoje (3), o juiz Nelson Nazar, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região de São Paulo, considerou abusiva e ilegal a greve e determinou que os funcionários voltem ao trabalho imediatamente.Os juízes do TRT-SP também condenaram o Sindicato dos Metroviários a pagar uma multa de R$ 200 mil pelos dois dias de paralisação, considerando que o sindicato não cumpriu a determinação dada quarta-feira (1º) pela vice-presidente judicial do tribunal, Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva. Ela havia dito que 85% da frota deveria ser mantida em circulação nos horários de pico e 60% dos trens nos demais horários.A juíza Cátia Lungov, relatora do dissídio de greve do Metrô, ainda condenou os metroviários por “litigância de má-fé”, aplicando mais uma multa ao sindicato no valor de 5% sobre o valor de 1,5 folha de salários líquida do Metrô. A juíza também negou estabilidade aos grevistas e determinou o desconto dos dias parados.O pagamento das multas será destinado ao Hospital São Paulo, ao Hospital das Clínicas e para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Hoje, o rodízio de veículos foi suspenso novamente, aumentando os congestionamentos na cidade. De acordo com a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), às 18h30 o congestionamento na cidade chegou a 151 quilômetros.A assessoria de imprensa do Metrô informou que estão em funcionamento as linhas 1 (azul) e 2 (verde), com intervalos maiores entre os trens. Segundo a assessoria, na linha azul o intervalo hoje foi de três minutos, enquanto o normal é de dois minutos. Já a linha verde operou com intervalos de cinco minutos, quando o intervalo normal é de três minutos.Ainda segundo a assessoria, a porcentagem exigida ontem pela vice-presidente do TRT, Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, de que o Metrô cumprisse a meta de manter em operação 85% do serviço em horários de maior movimento, não foi atingida, embora a assessoria não soubesse estimar precisamente qual foi a porcentagem alcançada hoje.Em operação de emergência, a SPTrans, que administra o transporte coletivo na capital, criou uma linha especial de ônibus, com 30 veículos extras e capacidade para atender cerca de 4 mil passageiros. Os serviços do metrô atendem a uma média diária de 3 milhões de passageiros.