Ministério Público do Trabalho investiga 100 denúncias contra empresas aéreas

01/08/2007 - 20h20

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga cerca de 100 denúncias em 19 estados do país. O número faz parte de um levantamento inicial da força-tarefa do MPT criada para investigar denúncias de excesso de jornada de trabalho, pressão sobre os pilotos para que deixem de considerar situações de risco e terceirizações irregulares.A força-tarefa vai apurar essas e novas denúncias. Ontem (31), dirigentes do Sindicato Nacional dos Aeronautas e do Sindicato Nacionaldos Aeroviários criticaram as políticas trabalhista e demanutenção de aeronaves da empresa TAM. Os sindicalistas dizem ter recebido denúncias de que a TAM obriga determinadas tripulações chegam aextrapolar em até seis horas a carga horária, o que significa dobrar ajornada de funcionários. E que o tempo de manutenção das aeronaves é muito curto.Se, após a investigação do Ministério Público do Trabalho, as suspeitas forem consideradas verdadeiras, as empresas poderão se comprometer oficialmente a não se utilizar mais dessas práticas, sob pena de multa diária. “Se não for possível fazer um acordo, ingressaremos com ação civil pública na Justiça do Trabalho”, explicou a procuradora Sandra Lia Simón, integrante da força-tarefa.No mês passado, o MPT avaliou a situação dos controladores de vôo, e sugeriu a contratação de 600 controladores, o aumento no tempo de capacitação dos profissionais e a troca de equipamentos no centros de controle de tráfego aéreo. O documento foi apresentado à Comissão Parlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo no Senado, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e às entidades que controlam o tráfego aéreo.Segundo a assessoria de imprensa da TAM, a empresa não irá se manifestar porque não foi notificada. A assessoria de imprensa da Gol também não se manifestou sobre o assunto.