Antonio Arrais
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A AssociaçãoBrasileira dos Importadores de Matérias-Primas Têxteis(Abitex) vai elaborar uma pesquisa para quantificar o segmento destinado à área de moda,que poderá ser prejudicada caso o governo mantenha o aumento daalíquota nos níveisanunciados – de 67% para tecidos (passaria de 18% para 30%) e de95% para tecidos não planos (passaria de 18% para 35%).A realizaçãoda pesquisa foi acertada em encontro entre o presidente da Abitex,José Marcos Oliveira, e o secretário-executivo doMinistério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Ivan Ramalho. A audiênciaestava marcada com o ministro Miguel Jorge, que não pôde receber os representantes do setor, segundo alegou, devida à demora em uma reunião com o presidente da República.Oliveira disse que mesmo não recebido pelo ministro, houve boa vontade por parte do governo em relação às reivindicações. Ele explicou que pretendia demonstrar a Miguel Jorge que o aumento das alíquotas para importação de tecidos, entre 30%e 35%, exigido pelosgovernos da Argentina, Paraguai e Uruguai em recente reuniãodo Mercosul, "pode impedir aaquisição de insumos pela indústria brasileira,insumos estes que estariam disponíveis aos competidores dosprodutos brasileiros no mercado externo".O documento entregue ao secretário-executivo do ministério aponta que "tecidos evestuário são produtos totalmente distintos – tecido éinsumo, enquanto vestuário é o produto final, o que éfundamental em qualquer política de comércio exterior".E acrescenta: "Uma parcela significativa dos tecidos importados é destinadaao segmento de moda e eles não possuem similares nacionais".