Conquista de novos mercados impulsionou crescimento das exportações, diz secretário

01/08/2007 - 19h54

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O resultado de US$ 87,334 bilhões das exportações brasileiras no acumulado até julho não foi impulsionado apenas pelo aumento dos preços internacionais dos produtos agrícolas e minerais, mas pela conquista de novos mercados e pelo maior volume de vendas. Dados divulgados hoje (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a quantidade de itens exportados pelo Brasil no primeiro semestre aumentou 10,1% neste ano, enquanto os preços subiram 9,2%.Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Armando Meziat, o cenário é diferente do registrado no ano passado, quando a entrada de recursos com exportações foi puxada principalmente pelo aumento das cotações internacionais das commodities (como grãos, minérios e petróleo). “Em 2006, os preços aumentaram 12,5% e a quantidade exportada cresceu apenas 3,2%”, comparou.O resultado das exportações de um país é a combinação de três fatores: preço, quantidade e cotação do dólar, atualmente abaixo dos R$ 2. A queda de um elemento pode ser compensada pela alta de outro, acrescentou. “Nos últimos quatro anos, o dólar só vem caindo, mas o país aumentou o saldo das exportações em duas vezes e meia, por causa do crescimento da quantidade exportada e dos preços internacionais”, explicou Meziat.A conquista de novos mercados, segundo o secretário, contribuiu para o crescimento das exportações. O milho, que liderou o crescimento no primeiro semestre e registrou aumento de 210,2% no valor exportado, teve o desempenho impulsionado principalmente porque a quantidade exportada subiu 130,2%. “Isso se deve principalmente às vendas para novos parceiros, como Irã, Portugal, Coréia do Sul e Espanha”, destacou.Na avaliação de Meziat, as relações com novos parceiros comerciais ajudam o país a se tornar menos vulnerável a uma possível queda no preço das commodities provocada pela instabilidade da economia nos Estados Unidos, o que pode reduzir a demanda internacional por esses produtos. “Aos poucos, o Brasil diversifica os produtos e os destinos das exportações, o que dá ao país mais capacidade para superar imprevistos”, informou.