Grazielle machado
Da Agência Brasil
Brasília - Aassessoria jurídica do comando nacional de greve dosservidores do Instituto Nacional de Colonização eReforma Agrária (Incra) entrou hoje (30) com recurso paratentar reverter a decisão judicial que mandou cortar os saláriosdos funcionários grevistas. A paralisação já dura mais de dois meses.Segundo a diretora daConfederação Nacionaldas Associações de Servidores do Incra Maria de Jesus Santana, os funcionários decidiram entrar com açõesconjuntas para garantir o recebimento do salário. “´É o caso de Brasília e de Pernambuco. Nós entramoshoje no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)para reverter o corte do ponto”, disse.Ementrevista à Agência Brasil, Maria de Jesus informou que existem decisões de váriostribunais garantindo o direito de greve dos funcionáriospúblicos. De acordo com ela, a briga judicial estácomplicando ainda mais as negociações entre grevistas egoverno pelo fim da paralisação. “Essaarbitrariedade está endurecendo mais a greve. Agora as pessoasquerem continuar em greve para protestar contra o corte salarial”,afirmou.Alguns servidores de Brasília, Amazonas, Piauí, Roraima e Pernambuco já haviamgarantido o direito de receber os salários por meio demandados de segurança coletivos em tribunais regionais. OIncra, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça(STJ) apresentando pedido de suspensão dos mandados. A assessoria de comunicação do STJ informou que, noúltimo dia 27, o tribunal, deferiu o pedido para que ocorramdescontos salariais dos grevistas. Segundo a assessoria, opresidente em exercício do STJ, ministro Francisco PeçanhaMartins, considerou que, em decorrência da greve, hárisco de lesão à economia pública.Agreve do Incra, que teve início no dia 21 de maio, envolve cerca de 4.000 servidoresque reivindicam reajuste do vencimento básico,paridade salarial com outras categorias do serviço públicoe contratação de pessoal. Os funcionários doIncra são responsáveis pelos processos de reformaagrária. Atáo fechamento desta matéria, o Incra ainda não havia seposicionado sobre o assunto. A assessoria de imprensa do Ministériodo Planejamento informou que não está se manifestando arespeito da greve.http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/05/21/materia.2007-05-21.9923482475/view