Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Alguns fiscais federais agropecuários em greve noAmazonas tentaram impedir, hoje (30), a açãodos servidores da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), designados para as ações de defesa, vigilância e fiscalização nas embalagens esuportes de madeira que armazenam mercadorias nos portos, aeroportos epostos de fronteira estaduais.Eles bloquearam o acesso a formulários edocumentos nos computadores e também a circulação dos funcionários estaduais emdeterminadas áreas. "Essa ação cabe aos fiscais federais. Ao determinarque outros profissionais a façam, infelizmente, o Ministério daAgricultura e a Sepror estão agindo contra a lei", argumentou o fiscal federal Adauto Carneiro.Por determinação do ministério, o governo do Amazonas assumirá a responsabilidade por todos os processos de inspeçãofitossanitária interrompidos pela greve dos fiscais federais há seis dias. Acompetência estadual sobre a fiscalização será válida enquanto durar a greve. De acordo com a direção do Centro dasIndústrias do Amazonas, a economia local estava sendo prejudicada emgrande escala, porque o PóloIndustrial de Manaus precisa da liberação diária das cargas de componentes necessários à produção, retidas nas quatro unidades alfandegárias do estado.Ainda não existe uma previsão para normalização da atividade, mas Alexandre Araújo, presidente da Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animale Vegetal (Codesav), órgão vinculado à Secretaria, destacou que a meta agora é impedir o enfraquecimento da economia local. "A portaria do ministério respalda nossa atuação. Não estamos aqui paramedir forças, mas para garantir a liberação dessas mercadorias nosportos e aeroportos. Elas servem como matéria-prima para aatividade diária de 110 mil trabalhadores do Pólo Industrial. Vamos priorizar essa situação e remanejar 29 profissionaispara atender essa demanda", informou.As reivindicações dos fiscais agropecuários se relacionam àreestruturação salarial e de carreira. Funcionários doórgão federal aguardam nova proposta do governo, já que a soluçãoapontada no dia 24 foi rejeitada.