Falta de médicos ainda compromete atendimento de emergências em Recife

30/07/2007 - 13h51

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Os médicos da rede pública estadual de saúde de Pernambuco farão uma assembléia amanhã (31) para avaliar as propostas apresentadas pelo governo do estado de reajuste salarial de 7% sobre o salário base e criação de umplano de cargos e carreiras. Há uma semana, mais de 100 médicos dos três hospitais da rede pediram demissão. Enquanto o impasse não é resolvido, os hospitais buscam alternativas para suprir a falta de pessoal. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital da Restauração, a superlotação da unidade tem sido evitada com a distribuição depacientes para outros hospitais da rede pública e policlínicas da prefeitura doRecife. Durante os plantões, uma média de 300 casos de urgênciachegam ao hospital.

No Hospital Getúlio Vargas, um dos setores mais afetados é a unidade de trauma. “Não tem cirurgião vascular nem traumato-ortopedistas.Tentamos mandar esses pacientes para o Hospital Português [particular, credenciado ao SUS], que recusou", conta o médico Vandré Carneiro. "Estamoscom uma vítima de traumatismo cranioencefálico grave, tentando transferir por meioda Secretaria Estadual de saúde. O que o estado vai fazer, a gente ainda não sabe,declarou.”