Processo contra Gim Argello deve começar depois do recesso parlamentar

18/07/2007 - 19h12

Antonio Arrais
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O processo contra o senador Gim Argello (PTB-DF) porsuposta quebra de decoro parlamentar solicitado pelo P-SOL somente terá sua tramitação iniciadadepois do recesso parlamentar, a partir de 1º de agosto. Arepresentação foi protocolada na secretaria-geral da Mesa doSenado ontem (17) à tarde, logo após a posse de Argello. Durante esse período de 14 dias de recesso parlamentar não haverá nenhuma atividade legislativa, exceto sea Comissão Representativa do Congresso Nacional – com sete senadores e17 deputados – for  convocada. Mas, nesse caso, a comissão só cuidará de assuntos especificados em pauta própria. Na representação contra Gim Argello, o P-SOL solicita que sejaapurada se o senador está sendo investigado pela Operação Aquarela, da Polícia Civil do Distrito Federal e doMinistério Público Federal, que apura o desvio de recursos do Bancode Brasília (BRB). Oex-senador Joaquim Roriz, de quem Argello era primeiro suplente, renunciou ao mandato no dia 4 de julhopara escapar de um processo por falta de decoro parlamentar, também apartir de representação do P-SOL sobre o mesmo assunto. O P-SOL também solicita na representação a tomada de depoimentosdo presidente do Conselho de Administração da Gol Transportes Aéreos,Constantino de Oliveira; do ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin deMoura; de Valério Neves Campos, ex-assessor do ex-senador JoaquimRoriz; e do major da Aeronáutica Fabrício Ribeiro dos Santos. Antes da posse de Gim Argello, o corregedor do Senado, Romeu Tuma(DEM-SP), informou que o juiz Roberval Belinati, da 1ª Vara Criminal doDF, responsável pelo processo que levou à Operação Aquarela,pretendia enviar toda documentação relativa ao novo senador à Casa,para que o processo contra Argello fosse encaminhado junto ao SupremoTribunal Federal, única instância competente para processar senadores edeputados federais.