Policiais rodoviários iniciam operação padrão para pressionar negociações com governo

18/07/2007 - 14h26

Ricardo Carandina
Repórter da Rádio Nacional
Brasília - Policiais Rodoviários Federaisde todo o país iniciaram hoje (18) às 8 horas umaoperação padrão para pressionar o governo areabrir negociações com a categoria.Segundo opresidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais doDistrito Federal, José Nivaldino Rodrigues, as discussõessobre melhoria de salário e a carreira foram interrompidas emnovembro e nunca mais retomadas. Ele disse que o ministério doPlanejamento tinha prometido retomar as negociações noinício do ano. “Até momento não recebemossinalização de reabertura”.A categoria quer amudança da carreira de policial rodoviário federal paranível superior, a contratação de 10 milpoliciais em todo o país, e a correção dedistorções salariais. O inspetor Rodrigues disse que a Lei11.358 diminuiu o salário dos policiais de R$ 6.200 para R$5.084 e, como a redução é inconstitucional, elesrecebem um complemento de R$ 1.116.A reclamaçãoda categoria é que eventuais aumentos de salárioincidem sobre o salário-base (R$ 5.084). Quando essa parte daremuneração aumenta, o complemento diminui, mantendo orendimento sempre nos R$ 6.200.O presidente do sindicato garante que a categoria está preparada para entrar em greve, mas seráo último recurso. Antes disso, se o Ministério doPlanejamento não retomar as negociações, elespretendem fazer outra operação padrão no dia 1ºde agosto, uma mobilização no Congresso no dia 8 e umacaminhada Esplanada dos Ministérios no dia 29 deagosto.Rodrigues afirmou que o único estado que nãoaderiu à operação padrão foi o Rio Grandedo Sul. No Distrito Federal, caminhoneiros ficaram retidos nocongestionamento provocado pela operação padrãopor até duas horas.O líder sindical reconheceque a operação causa dificuldades, mas diz quepoucos motoristas reclamaram. “Sempre há reclamação,porque sempre causa transtorno no trânsito, mas esse é oinstrumento que escolhemos e a gente tem que estar preparado paraouvir as reclamações. E elas são menosfreqüentes do que se imagina. Até momento só um oudois motoristas se mostraram indignados”.