Partidos manifestam-se sobre acidente em Congonhas

18/07/2007 - 18h02

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Lideranças de partidos da base governistae da oposição se solidarizam com os familiares das vítimas do acidenteocorrido ontem com o avião da  TAM, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Entre os mais de 180 mortos, estava o deputado federal Júlio Redecker (PSDB-RS). Os partidos pedemapuração das causas do acidente e providências para acabar com essastragédias.A bancada do PT e do bloco de apoio ao governo noSenado distribuiu nota em que lamenta o acidente, solidariza-se comfamiliares e amigos das vítimas e pede ao governo medidas paraamenizar o sofrimento daqueles que buscam informações sobre seusparentes e amigos. “A bancada do PT e do bloco de apoio ao governo noSenado lamenta profundamente o terrível acidente ocorrido ontem noaeroporto de Congonhas”. A nota, assinada pela líder, senadora IdeliSlavatti (PT-SC), também comunica ao PSDB “nossa consternação com ofalecimento, naquele acidente, do deputado Júlio Redecker”.A liderança do PSDB na Câmara, também em notaoficial, lamenta “mais essa tragédia do nosso sistema de transporteaéreo”. A bancada expressa a solidariedade às famílias das vítimas. “Aperda de um amigo, o deputado Júlio Redecker, que exercia combrilhantismo a liderança da minoria na Câmara, nos atingeprofundamente”, afirma o texto assinado pelo líder do PSDB na Câmara,deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP).“A morte de tanta gente que, como Júlio, com certeza,ainda tinha enorme colaboração a dar aos país enluta o Brasil inteiro edói em cada brasileiro como se cada um de nós perdesse um parente”, diza nota. E acrescenta: “A Nação exige, agora, a apuração das causas doacidente e a tomada de providências efetivas que ponham fim a essastragédias”.A liderança do PPS afirma que é com profundo pesarque se solidariza com os familiares e amigos do deputado Júlio Redeckerpela “lastimável perda de um grande homem público, que com honradez,fez trajetória política com afinco e espirito democrático”. O líder doPPS, Fernando Coruja (SC), afirma que Redecker foi a principalliderança na luta para a apuração da crise aérea que o Brasil vive.Na nota, o líder afirma que a bancada do partidoexigirá das autoridades e do próprio Congresso, por meio da CPI doApagão Aéreo e daquelas que forem necessárias, investigações amplas eesclarecedoras sobre as verdadeiras causas do acidente com o aviação daTAMOs servidores do gabinetedo deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) também se manifestaram sobre a morte dele.Redecker estava em seu quartomandato como deputado federal. Nos últimos anos, participou das comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) doMensalão e dos Sanguessugas. Ele era professor universitário, advogado eempresário. Casado, pai de três filhos, começou a carreira políticamilitando na vida estudantil em Porto Alegre. Nasceu na cidade deTaquari (RS) e tinha 51 anos de idade.  Começou a vida política partidária aos 24 anos e foi filiada à Aliança Renovadora Nacional (Arena), depois ao PDS e aoPPB. Transferiu-se em 2003 para o PSDB.  Redecker foi o deputado federal mais votado dacoligação que elegeu a tucana YedaCrusius para o governo do Rio Grande do Sul, no ano passado. Ele será substituído naCâmara pelo segundo suplente da coligação partidária, Matteo RotaChiarelli (DEM-RS). O primeiro suplente da coligação, Cláudio Diaz(PSDB-RS), que já está no exercício do mandato, será efetivado comotitular em decorrência da morte de Júlio Redecker.