Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, divulgou nota hoje (18), pedindo o afastamento imediato de “todos os envolvidos com a má gestão do espaço aéreo brasileiro”. Britto acrescentou que é necessário haver imediata investigação para apurar as responsabilidades, em todas as instâncias, do acidente com o vôo 3054 da TAM, na noite de ontem, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Para Britto, a credibilidade do sistema aéreo brasileiro “explodiu” como o avião da TAM. Ele lembrou ainda outro acidente trágico ocorrido em setembro do ano passado, envolvendo um avião da Gol e levando à morte 154 pessoas. “Há menos de dez meses, o país foi impactado pelo então maior desastre da história de sua aviação civil. A tragédia do Boeing da Gol levantou o véu do inferno aéreo em que vivíamos - e ignorávamos”, disse, na nota.Desde então, de acordo com a nota, o país presenciou, “entre indignado e estupefato, sucessivos transtornos em seus aeroportos, sem a contrapartida de qualquer providência concreta por parte das autoridades”. Britto classificou de  “fachada” e “faraônicas” as obras realizadas nos aeroportos de todo o país. “Aeroporto não é shopping center. E esse equívoco criminoso, perpetrado com dinheiro público, tornou o ato de viajar uma temeridade, conspirando contra a segurança do cidadão e contra a própria economia e a indústria do turismo”, segue a nota.A OAB também informou que dois dirigentes da OAB gaúcha estavam no vôo 3054 da TAM. Os presidentes da Comissão Especial de Precatórios, Paulo de Tarso Dresch da Silveira, e da Comissão de Direito Esportivo da OAB-RS, Paulo Rogério Amoretty, viajavam a serviço da entidade.