Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Esporte,Orlando Silva, afirmou que é preciso aumentar o númerode atletas atendidos pelo programa Bolsa Atleta. A delegaçãobrasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos, entre hoje (13)e o próximo dia 29 no Rio de Janeiro, conta com 87 atletasbolsistas dentre os 659 classificados, ou seja, 13,2% do total. A maiorparte dos competidores que recebem o benefício do programaBolsa Atleta é de modalidades com pouco patrocínio,mas os atletas com bolsas estão presentes em 31 das 44modalidades da competição, ou seja, 70,5%.“Esse é umnúmero que vai crescer muito. O programa funciona hádois anos. Em Pequim [onde será realizada a Olimpíadade 2008] temos que ter umpouco mais", disse Orlando Silva, em entrevista à Rádio Nacional, da Radiobrás.Ele destacou que ninguém está imaginando que em dois anos de atuação do programa metade da delegação brasileira recebesse o Bolsa Atleta, mas afirmou é preciso continuar com o programa eampliar o financiamento, "de modo que possamos apoiar mais atletas”. Orlando silva revelou que, ainda no planejamento do percurso de revezamento da tocha do Pan, foifeito “um esforço para nacionalizar os jogos”. Ele negouque comunidades carentes, no Rio de Janeiro, tenham ficado de fora daparticipação nos eventos. “É falso dizer queela [a tocha ] não passou em comunidades populares, porque aqui no Riopor exemplo, ela passou pela Baixada Fluminense, que não éuma região muito rica do Brasil”, argumentou. Seguindo o ministro, os produtos vendidos nos jogos, considerados caros para apopulação pobre, têm o objetivo de arrecadar receitaprivada para financiar o Pan. “Essa não é uma formade inclusão social. O que estamos fazendo é criaroportunidade para que as pessoas tenham acesso ao esporte, sobretudona escola. Desse modo, sim, podemos fazer a inclusão social através do esporte, não com venda de produtos, disse.