Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Odescontentamento do governo da Bolívia com a construção das usinas hidrelétricas doRio Madeira, em Rondônia, não vai afetar oandamento do projeto, por se tratar de questão desoberania nacional. A informação é do ministrodas Relações Exteriores, Celso Amorim, de acordo com aassessoria de imprensa do Itamaraty.OItamaraty afirma que estáelaborando uma resposta para acarta recebida esta semana, em que o governo da Bolívia manifestou preocupação com a obra. Deve fica pronta ainda hoje (13) epossivelmente será elaborada também em forma de carta. A diplomacia brasileira garante que dará todas asinformações necessárias à Bolívia.A carta que o Itamaraty recebeu na últimaquarta-feira pede arealização de estudo do impacto ambiental dashidrelétricas no território boliviano. AAgencia Boliviana de Información (ABI) noticiou que oministro das Relações Exteriores David Choquehuancalamentou a aprovação da licença préviapara a obra.De acordo com oassessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais,Marco Aurélio Garcia, a Bolívia não tem com quese preocupar, pois os cuidados ambientais tomados para a realizaçãoda obra dentro do Brasil foram observados também para toda aregião.A concessãode licença prévia para as usinas de Santo Antônioe Jirau foi anunciada na última segunda-feira peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama). O documento permite licitaçãopara a construção das hidrelétricas e determinaque o vencedor cumpra 33 exigências para a viabilidadeambiental da obra. As duas usinas somam 6.450 megawatts de potênciaprevista – metade de Itaipu, a mais potente do Brasil.