Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aposentados e pensionistas que precisarem pegar empréstimos na rede bancária devem pesquisar antes quais bancos praticam as menores taxas. A recomendação é do diretor do Regime Geral da Previdência, João Donadon. Segundo ele, a pesquisa é necessária porque muitos bancos estão operando com taxas abaixo do teto estipulado pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), de 2,64% ao mês, ou 36,66% ao ano, desde o início de julho.É o caso, por exemplo, da Caixa Econômica Federal, que tem os menores custos para aposentados e pensionistas. A taxa mais alta que a Caixa cobra é de 2,30% ao mês para o empréstimo de mais longo prazo na modalidade de 36 meses, mas, como a quase totalidade dos pedidos é nas faixas de seis meses e um ano, os juros também são menores.De acordo com simulação feita pelo setor de Previdência da Caixa, um pedido de empréstimo de R$ 1 mil para pagamento em 12 vezes vai custar apenas R$ 116 a mais no final, uma vez que os juros para o caso caem para 1,69% ao mês, o que dá 12 prestações fixas de R$ 93,00 cada. No caso de o pedido do mesmo valor ser para quitação em seis meses, o juro cai para apenas 0,92% ao mês.O Banco do Brasil (BB) também trabalha com taxas similares, com teto máximo de 2,16% ao mês nos empréstimos de mais longo prazo e, de acordo com Donadon, as opções de taxas são as mais variadas, embora admita que o juro deve cair mais ainda, à medida que o Comitê de Política Monetária (Copom) corrija a taxa básica de juros (Selic) para baixo.Donadon ressaltou, entretanto, que "essa é uma política que está dando certo". Basta verificar o grande volume de operações contratadas por aposentados e pensionistas, desde que a opção foi criada, em maio de 2004, quando o teto máximo era de 2,90% ao mês. De lá para cá já foram consignadas 18.990.861 operações, no valor total de R$ 25,488 bilhões, para desconto dos salários e pensões.Do total, 4.634.924 empréstimos já foram quitados, mas ainda resta um passivo de R$ 20,220 bilhões em empréstimos que vão se renovando em maior intensidade a cada mês. Tanto que, de acordo com balanço do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no mês passado foram contratadas 849.993 operações, no valor de R$ 876,398 milhões.