Brasil pode se reunir com Bolívia para tratar de hidrelétricas, diz Dilma

13/07/2007 - 17h29

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,disse hoje (13), no Rio de Janeiro, que os governos da Bolíviae do Brasil poderão ter uma reunião sobre a construçãodas usinas do Rio Madeira e os possíveis impactos ambientaisda obra sobre o território boliviano.“O Brasil não rejeita reuniõesporque nos sempre apostamos no diálogo como sendo a melhorestratégia”, comentou a ministra “Por isso nãovemos obstáculos em nos reunirmos para discutir o assunto.Agora, para que isto ocorra tem que haver base, porque nós nãopodemos discutir sem embasamento técnico.”O Itamaraty enviou, há pouco, uma respostapara a cartarecebida esta semana em que o governo da Bolívia manifestapreocupação com a obra e pede a realizaçãode estudo do impacto ambiental das hidrelétricas no territórioboliviano. Sobre a participação de Furnas comosócia no empreendimento, a ministra disse que o governo tambémsó vai se pronunciar em relação ao assuntoquando houver definição sobre o modelo que seráadotado no leilão.“Este é um assunto que requer muitatranqüilidade e objetividade. É preciso primeiro definira modelagem do leilão – tanto na sua parte de engenhariafinanceira, como em relação ao modelo de licitaçãoe aos níveis tarifários. A partir dessa definiçãonós divulgaremos a posição para todos.”A concessãode licença prévia para as usinas de Santo Antônioe de Jirau foi anunciada na última segunda-feira (9) peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama). O documento permite licitaçãopara a construção das duas hidrelétricas e determinaque os vencedores cumpram 33 exigências para a viabilidadeambiental de cada uma das obras. As duas usinas somam 6.450 megawatts de potênciaprevista – metade de Itaipu, a mais potente do Brasil.