Sistema de interatividade da TV digital pode ser melhorado de forma colaborativa

03/07/2007 - 19h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O programa de computador que permite a interatividade da nova TV digital está disponível no Portal do Software Público Brasileiro (veja aqui). Isso significa que qualquer pessoa poderá acessar, discutir e melhorar o sistema – como rege a forma de desenvolvimento dos chamados softwares livres.Essa é uma das principais vantagens do novo produto, desenvolvido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(PUC/RJ) e da Universidade Federal da Paraíba(UFPB), na avaliação do gerente de Inovações Tecnológicas do Ministério do Planejamento, Corinto Meffe.Também coordenador do Portal do Software Público Brasileiro, Meffe destacou que o mercado poderá, a partir do licenciamento do programa, desenvolver produtos diferenciados e exclusivos. “Ele obtém a licença para funcionalidades específicas”. Existe em paralelo uma versão livre do Ginga, cujos benefícios universais poderão ser acessados pelo cidadão comum, bastando para isso ter um computador e entrar no Portal do Software Público. “O benefício para as pequenas e médias empresas é muito grande”, afirmou Meffe.Em nota, o professor responsável pelo projeto, Luiz Fernando Gomes Soares, do Laboratório TeleMídia do Departamento de Informática da PUC-Rio, explicou que “já existiam ferramentas livres para a transformação de conteúdos em sinal digital, mas ainda não havia nenhuma solução livre para a interface de apresentação dos conteúdos da TV digital para o telespectador”. Segundo ele, o Ginga é um projeto pioneiro porque reúne essas duas funcionalidades.Meffe, gerente do Ministério do Planejamento, disse que o Ginga disponível para uso público vai ser uma ferramenta fundamental, por exemplo, para as televisões comunitárias e mesmo para o projeto da TV pública brasileira que está em andamento, além das TVs educativas. Corinto Meffe disse que, atualmente, mais de sete mil pessoas estão cadastradas no Portal do Software Público Brasileiro. Ele reiterou que “o software é encarado como um direito do cidadão. O Ginga está entrando também com um licenciamento livre, em que a pessoa pode ter acesso ao código e também pode baixar e utilizar como achar conveniente. E a gente presta um conjunto de serviços dentro do portal para que isso possa ser otimizado”, declarou.