Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O comandante do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 3 (Cindacta), que tem sede em Recife, coronel-aviador José Alves Candez Neto, contestou hoje (3) as afirmações dodiretor da Federação Internacional de Controladores deTráfego Aéreo (Ifatca, pela sigla em inglês),Christoph Gilgenda, de que o sistema de tráfego aéreobrasileiro não é seguro.Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, Candez Neto disse que Gilgenda está errado. Além disso, acrescentou, a organização nãotem “respaldo” para fazer tal tipo de afirmação. “Nós somos signatários da Icao [Organização Internacional de Aviação Civil], que é a organizaçãoque pode dar esse tipo de depoimento sobre nosso espaçoaéreo. Além de nós, como autoridades, éclaro, ela á a organização credenciada paraisso. Não outras associações, como a dessesenhor”, afirmou Candez. Também presente à reunião da CPI, o comandante do Cindacta 4, que tem sede em Manaus, coronel-aviador Carcavallo Filho,destacou que o Brasil tem um índice muito baixo de acidentes em relação à média internacional. Christoph Gilgenda deu entrevistaao programa Fantástico, da TV Globo, no último dia 24, sobre asegurança do sistema de tráfego aéreobrasileiro.O relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), perguntou aos comandantes qual recado dariam à populaçãobrasileira sobre a segurança da sistema de tráfegoaéreo do país. Candez e Carcavallo responderam que o espaço aéreobrasileiro é seguro e que os equipamentos não sãoobsoletos.“Nosso espaçoé seguro, é controlado tecnicamente, operacionalmente,administrativamente, por pessoas que honram o trabalho que fazem. Ele [sistema de tráfego aéreo], pode ter certeza, éseguro, afirmo com toda certeza”, disse Candez. “Toda a Força Aérea estáengajada em garantir que as operações continuemregulares e seguras”, acrescentou Carcavallo.Marco Maia informou que amanhã (4), às 11 horas, os membros da CPI vão se reunir com o presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. O encontro será na sede da Anac.