Caminho para cumprimento das Metas do Milênio ainda é longo, diz especialista

03/07/2007 - 13h19

Marcos Agostinho
Da Agência Brasil
Brasília - Faltando oito anos para terminar o prazo assumidopor 191 países para cumprir as Metas do Milênio, ainda élongo caminho a ser percorrido. A opinião é de Ana RosaMonteiro Soares, oficial de Avaliação e Monitoramentodo Plano das Nações Unidas de Desenvolvimento (PNUD)com base no Relatório sobre os Objetivos do Milênio2007, divulgado nessa segunda-feira (2) pelas NaçõesUnidas.“Principalmente no que tange aos paísesdesenvolvidos, a promessa de doação de 0,7% de ProdutoInterno Bruto (PIB) [a soma de riquezas produzidas em cada umdesses países] para os países em desenvolvimentonão está sendo cumprida”, disse a especialista ementrevista ao programa Revista Brasil da RádioNacional AM.A oficial destacou, porém, a AméricaLatina e a África como grandes exemplos de regiões ondehouve avanços significativos. “Na América Latinaconseguimos alcançar cinco metas e estamos a caminho dealcançar todas elas. Na África temos notado grandesucesso. Eu acho que é um grande desafio ainda, mas estamoscaminhando para chegar lá”.Para ela, o entrave ao total cumprimento dos pontosé a falta de vontade política e de comprometimento dacomunidade internacional. “Sem a comunidade internacional cumpriras promessas de financiamento e de suporte técnico ficacomplicado. Existe o comprometimento, mas na hora de executar aspromessas está ficando complicando. Então, tudo éuma questão de vontade política”.Para ela, as metas são perfeitamenteatingíveis, já que até no continente africano,onde as carências são maiores, está sendo possívelavançar e atingir algumas metas propostas em 2000. Para ela,em média os pontos estão sendo atingidos, mas issonão é suficiente e é preciso atingi-los na suatotalidade.As Metas do Milênio são oito açõesque se destinam a erradicar a extrema pobreza e a fome; universalizaro ensino básico; promover a igualdade entre os sexos eautonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar asaúde materna; combater o HIV, a aids, a malária, atuberculose e outras doenças, além de garantir asustentabilidade ambiental.O relatório pode ser acessado na páginado PNUD Brasil, www.pnud.org.br.