Subsecretário anuncia 46 novos leitos de UTI no Distrito Federal até julho

30/06/2007 - 11h15

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Até a segunda quinzena dejulho, a população do Distrito Federal deve contar com mais 46 leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou Semi-intensiva nos serviços públicos de atendimento à saúde.Agarantia é do subsecretário de Atençãoà Saúde do Distrito Federal, Milton Menezes. Hoje, segundo ele, ogoverno do Distrito Federal tem cerca de 220 leitos de UTI em todaa rede pública.“É claro que se pegarmos os parâmetros internacionais, precisamos teruma expansão dos leitos de UTI. Gradativamente nósestamos conseguindo", disse. "Só que implementar leitode UTI não é só colocar uma cama; há umarelação de um auxiliar de enfermagem para cada doisleitos e um médico para cada dez leitos, além de umconjunto de equipamentos sofisticados”.Alémda aquisição dos equipamentos paramontar as unidades, o secretário anunciou que o governo vai contratar mais de 100servidores e abrir concurso público para médicos intensivistas e auxiliares de enfermagem. Os doisprofissionais lidam diretamente com pacientesinternados em UTIs.Há cerca de um ano, o governodo Distrito Federal implementou uma central de regulação para regulamentar internações em terapia intensiva.O sistemafunciona da seguinte maneira: quando o paciente está nopronto-socorro e a equipe médica identifica a necessidade de internação em UTI, o médico fazum relato clínico do paciente e o encaminha àCentral de Regulação. Ali, uma equipe demédicos e enfermeiros avalia o motivo de internaçãoe classifica os pedidos como prioridade máxima, intermediáriaou baixa. Após essa etapa, a equipe verifica onde há leitos de UTIs disponíveis eencaminha os pacientes segundo a lista de prioridades.

“Às vezes uma pessoa esperaum, dois dias para pegar um leito de UTI e fica chateado, bravo. Mas tem um outro caso com gravidade clínica maior que pegouo leito rapidamente, horas depois de ter solicitado", diz o subsecretário. "Então àsvezes uma situação que demora um pouco e até obtém mandado judicial [para garantir a internação] não era a pessoa que precisavamais de um leito naquele momento”.

Menezes nãosoube precisar quanto o governo do Distrito Federal gasta com asliminares da Defensoria Pública que determinam a internaçãode alguns pacientes em UTIs de hospitais particulares. “Os recursossaem do Fundo de Saúde, não passam pela nossasubsecretaria”.

De acordo com ele, o governo deve garantir assistência adequada à população. "Ela temque ser assistida: ou diretamente pelos nossos serviçospróprios ou por serviços conveniados com outrasinstituições públicas ou por serviçoscontratados na rede privada”.