Presidente da Infraero diz que problemas logísticos no setor aéreo são evidentes

27/06/2007 - 15h35

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, informou hoje (27) que um documento sobre equipamentos utilizados para controle do tráfego aéreo, produzido pela Aeronáutica no final de 2005, já havia detectado problemas no setor. Pereira falou sobre o assunto depois de participar de  reunião reservada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo do Senado. “A Aeronáutica chamava a atenção para o nível de obsolescência a que eles estavam caminhando. Esse documento não é feito agora, é do final de 2005. Inclusive, várias observações colocadas já foram corrigidas. Outras, não. Então, na verdade, o que discutimos muito foi em cima das coisas que a Aeronáutica detectou no final de 2005 e que ainda não foram corrigidas”, afirmou o brigadeiro após a reunião.Segundo ele, não existe nada de preocupante, e os problemas logísticos são evidentes. Questionado se são problemas sérios, o brigadeiro disse que não, mas ressaltou que são “complexos”. Para o relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o cenário é ruim, porque, por mais que os equipamentos funcionem, são necessários mais recursos para reposição. “Tem que botar dinheiro no Ministério da Defesa para a Aeronáutica enfrentar o caos aéreo”, disse o senador. “Precisa se fazer uma política aeronáutica, para que se voe bem, com conforto e segurança”, completou. A CPI ouviu, na manhã de hoje, em sessão reservada, além do brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi; os diretores do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), major-brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso, e do Departamento de Política de Aviação Civil do Ministério da Defesa, Rigobert Lucht.