Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - De ontempara hoje, mais 300 pessoas se uniram aos manifestantes no acampamento em Cabrobó (PE), montado para tentar impedir acontinuidade das obras de integração do Rio SãoFrancisco. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, atualmentehá cerca de 1.500 pessoas no local, incluindo representantesde 16 povos indígenas da Bacia do São Francisco.
Osmanifestantes aguardam comunicado da Advocacia-Geralda União (AGU) de reintegração de posse para decidir se irão desocupar a área ou partir para o enfrentamento. Eles estão instalados entre as fazendasTrucutu, Toco Preto e Mãe Rosa, onde deverá passarparte do Eixo Norte, que levará água do Rio SãoFrancisco ao sertão nordestino.
Segundo oministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, aárea ocupada já foi desapropriada para a execuçãodas obras, portanto é de propriedade da União. A AGUinformou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irápropor uma ação de reintegração de possedo local, a pedido do Ministério da IntegraçãoNacional. O objetivo é concluir a ação o maisbreve possível, mas o órgão ainda aguardainformações sobre a região.
Àtarde, os manifestantes deverão cobrir um buraco feito peloExército no local onde estão acampados e arar uma parteda terra para o plantio de mudas. Entre os participantes damanifestação estão indígenas,quilombolas, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens(MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na últimasegunda-feira (25), o 2º Batalhão de Construçãoe Engenharia do Exército começou as obras dedestacamento e de topografia para a transposição do RioSão Francisco, em Cabrobó.