Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O spread bancário – diferençaentre as taxaspagas pelos bancos para adquirir recursos e as que eles cobram de seusclientes –caiu de 26,5 pontos percentuais em março para 26,4 pontospercentuais emabril.De acordo com o relatório sobre política monetária e operaçõesde crédito, este valor é o menor desde julho de 2001, quando o spreadchegou a 25,3pontos percentuais.Para o chefedo Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, no entanto, o movimento de queda ainda é lento. "As empresas de maior porte começaram a buscar alternativasno mercado de capitais e saindo do sistema financeiro. E há mais e maisempresas de pequeno e médio porte vindo buscar recursos financeiros. Elas não têmainda um histórico, isso demanda mais recursos na gestão dessa carteira e issofaz com que o spread não caia de forma acelerada", justificou.Elereconheceu, porém que o spread da pessoa física, de 37,6 pontos percentuais,já é o mais baixo da série histórica, iniciada em 1994. "Isso se dá porque nóstivemos uma migração muito forte de crédito de taxas mais elevadas paracréditos e spread mais baixos", comentou, citando como exemplo, a troca que os clientes fizeram do cheque especial pelo crédito consignado.