Não há prazo para licenças ambientais de usinas do Rio Madeira, diz Marina Silva

26/06/2007 - 16h43

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do MeioAmbiente, Marina Silva, afirmou que os estudos de impacto ambientalpara construção das usinas hidrelétricas deSanto Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), ainda estãosendo feitos e não há data para divulgaçãode resultados.“Não existe prazo para isso. Estamostrabalhando com sentido de urgência, diante da complexidade doproblema, para responder adequadamente. A equação temque fechar e a viabilidade econômica tem que ser igual àambiental”, afirmou a ministra hoje (26), após participar decerimônia no Palácio do Planalto.Questionada sea retomada da construção da usina nuclear de Angra 3,aprovada ontem pelo Conselho Nacional de Política Energética(CNPE), não seria uma forma de pressão para a liberaçãodas licenças ambientais, a ministra respondeu que não.“Acho que as coisas não são colocadas emcontraposição uma à outra. Não acreditonessa linguagem de utilizar uma coisa para viabilizar outra. Existemprocesso públicos institucionais que devem ser utilizados”.OMinistério do Meio Ambiente foi o único dos nove quecompõem o CNPE a votar contra a reativação dasobras de Angra 3, alegando diversidade de fontes energéticasdo país. “Nosso entendimento é de que na realidade doBrasil, não há necessidade de energia nuclear. Nóstemos fontes renováveis de energia. Só com a utilizaçãoda biomassa, do potencial de hidreletricidade, de eólica, daenergia solar, teremos condição de resolver osproblemas do país”, disse a ministra.Marina Silvaafirmou ainda que o resto do mundo não tem investido emenergia nuclear nos últimos 15 anos. Ela citou a produçãode resíduos como uma das conseqüências negativasdesse processo. “Não existem meios seguros para [lidarcom] os resíduos oriundos do processo de [produçãoda] energia nuclear. Se não existe soluçãonos países mais desenvolvidos do mundo, por que haveria narealidade específica do Brasil?"