Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A dívida externa do país foi estimada em US$ 182,840 bilhões no final de abril, com aumento de US$ 6,949 em relação ao mês anterior. O resultado reflete a compra de US$ 11 bilhões no mercado doméstico feita pelo Banco Central com vistas a conter a desvalorização do dólar e que elevou as reservas internacionais para US$ 121,8 bilhões. De acordo com o Banco Central foi o maior volume de compras em um único mês, com aumento de US$ 12,3 bilhões nas reservas.Os números constam do relatório de Setor Externo, divulgado hoje (26) pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Ele disse que a dívida de médio e longo prazos somou US$ 145,4 bilhões, com redução de US$ 2,4 bilhões no mês. Já a dívida de curto prazo, com vencimento nos próximos 12 meses, cresceu US$ 9,4 bilhões e somou US$ 37,4 bilhões.Os principais fatores de variação da dívida de médio e longo prazos foram a reabertura do bônus Global 2017, com captação de US$ 525 milhões; o ingresso líquido de US$ 565 milhões em notes e commercial papers; recompra de títulos da dívida externa pelo Tesouro, no valor de US$ 958 milhões; liquidação de US$ 528 milhões em bônus Samurai; e as saídas de US$ 2,1 bilhões de empréstimos em moeda.O aumento da dívidade curto prazo decorreu basicamente das operaçõesinterbancárias, por causa do acréscimo de US$ 8,5bilhões nas obrigações em moedas estrangeiras,apuradas nos balancetes dos bancos comerciais. Essa dívida éde total responsabilidade dos bancos, e mesmo na dívida demédio e longo prazos o setor público não-financeiroresponde por apenas metade dela, no valor de US$ 73,787 bilhões.