Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - Para marcar um mês de greve, completado hoje (22), servidores o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária  (Incra) fizeram uma manifestação simbólica na sede da instituição. Eles lavaram a entrada do edifício com sal grosso. "Essa simbologia significa, além da falta de vontade política dos nossos governantes, uma série de espíritos obsessores que estão a impedir que a reforma agrária se concretize”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Servidores do Incra, José Pontes Parente.Cerca de 40% dos servidores estão de greve desde o dia 22 de maio para reivindicar reajuste salarial semelhante ao de outras categorias do serviço público.“Estamos em greve para pedir pelo fortalecimento do Incra. Queremos a recomposição da força de trabalho, pois temos um déficit de 4 mil funcionários", afirmou o diretor. "Pedimos a melhoria do padrão remunerativo dos servidores, que hoje está 50% abaixo do padrão médio recebido pelas autarquias que se assemelham ao Incra, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama], Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes [Dnit] e o Instituto de Pesquisa econômica Aplicada  [Ipea]”.Ontem (21) os servidores se reuniram com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, para saber a posição do Ministério do Planejamento. Segundo Parente, a categoria está estudando uma contraproposta, que será apresentada ao governo até segunda-feira (25)."Hackbart explicou o entendimento com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, no sentido de abrir as negociações, embora tenha com uma série de condições. Então nós pedimos um prazo para avaliar essa proposta e apresentarmos uma contraproposta”.