Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,29% em junho. A taxa é pouco superior à registrada em maio: 0,26%. O indicador serve de prévia do IPCA, índice adotado pelo governo para definir a meta oficial de inflação. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é feito com base nos preços praticados na última quinzena do mês anterior até o fechamento da primeira quinzena do mês atual.De acordo com o IBGE, alimentos foi o item que mais contribuiu para o avanço do índice. Após terem registrado queda de 0,12% em maio, os preços subiram 0,71% em junho. As pressões mais significativas foram de produtos como leite pasteurizado, que ficou 7,85% mais caro; cebola, que teve aumento de 18,82%; feijão carioca, cujos preços subiram 9,99%; e batata inglesa, que aumentou 6,10%. Por causa dessas altas, as refeições consumidas fora de casa ficaram 1,21% mais caras. A pesquisa também mostrou aumento de preços em outros setores, como vestuário (1,08%).Por outro lado, o consumidor pagou menos em combustíveis, cujos preços caíram 1,18%. O litro do álcool passou a custar 6,47% menos que em maio, causando reflexo sobre o preço da gasolina, que caiu 0,78%.Entre as regiões metropolitanas, Brasília foi a que teve o maior índice de inflação: 0,48%. A menor taxa foi apurada em Fortaleza (0,02%). Porto Alegre não registrou inflação.Os dados para o cálculo do IPCA-15 são obtidos com famílias com renda entre um a 40 salários-mínimos, em estabelecimentos comerciais ede prestação de serviços em 11 regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Brasília,Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Goiânia.