Corregedoria investiga 27 policiais civis de SP por envolvimento com jogos ilegais

19/06/2007 - 11h45

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O corregedor-geral da Polícia Civil de São Paulo, Francisco Alberto de Souza Campos, confirmou que 27 policiais civis estão sendo investigados pela corregedoria, acusados de envolvimento com jogos ilegais. O nome e o telefone deles, segundo Campos, teriam sido encontrados em uma agenda telefônica do advogado Jamil Chokr, suspeito de operar um esquema de pagamentos de propina para o funcionamento irregular de caça-níqueis em São Paulo.Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, dos 27 policiais civis investigados, 20 foram afastados de suas funções no último sábado (16). De acordo com a SSP, os  policiais ocupavam cargos de chefia nas delegacias. A delegada Cintia Maria Quaggio, que comanda as investigações na corregedoria, confirma que já foi pedida à Justiça a quebra de sigilo telefônico e bancário dos policiais envolvidos. “Os policiais estão sendo ouvidos diariamente. O inquérito está em andamento, tudo que é dito é analisado e confrontado com o conjunto probatório”, disse ontem (19) em entrevista coletiva. O corregedor-geral, no entanto, afirmou que não irá apresentar os nomes dos afastados “em respeito ao cidadão”. “Os policiais estão afastados administrativamente para a garantia da lisura do trabalho”, disse. Segundo ele, não há prazo para o término das investigações.Em nota da assessoria de imprensa da SSP, publicada no sábado (16), o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Jordão, afirma que o afastamentodos policiais não tem caráter punitivo. O objetivo, segundo ele, seriadar mais transparência às investigações. Para o secretário de SegurançaPública, Ronaldo Marzagão, o governo deverá dar "liberdade" àsinvestigações. "A posição do governo é de dar plena e total liberdadepara uma investigação profunda, doa a quem doer", afirma na nota. "Esempre acompanhada por dois promotores de Justiça".