Ministro da Justiça pede ajuda à igreja para implementar programa de combate à violência

18/06/2007 - 17h36

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, foi hoje (18) até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para pedir à igreja protagonismo na execução do novo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), cujos projetos técnicos serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 09. Há um mês, Lula aprovou o programa, mas determinou que a metodologia fosse transformada em ações.“Vim trazer informações sobre o Pronasci, solicitando que seja examinado para a CNBB se associar”, afirma Tarso Genro. O ministro explica que a Confederência dos Bispos é parceira do governo “na interlocução". "Como será essa associação é a CNBB quem vai decidir”, diz.“Me coloco inteiramente a disposição”, disse o o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, ao final do encontro. Para ele, o encontro de hoje “revela o interesse de buscarmos parcerias". "O ministro procurou a CNBB porque essa conversa já vem de longa data. Há campanhas da fraternidade que já abordaram esse tema e depois a atuação da igreja para a educação nos meios de comunicação social, que são instrumentos poderosíssimos”, afirmou.Segundo dom Geraldo, a preocupação da igreja não é unicamente com a violência, mas com “o outro lado da medalha, que é a segurança". "E uma segurança dentro de um quadro de ordem democrática sem expressões de autoritarismo.”O Pronasci pretende unir as políticas sociais do governo com as de segurança pública. O foco principal são os jovens de 15 a 29 anos, moradores de áreas dominadas pela violência. Inicialmente será implantado em 11 regiões metropolitanas. A intenção é que posteriormente seja estendido a todo o país.O programa está sendo discutido por representantes dos ministérios da Educação, Cultura, Desenvolvimento Social, Esporte e Cidades e das secretarias Nacional de Juventude, Especial de Direitos Humanos e a Casa Civil.