Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado,disse hoje (5) que é “altamente improvável” odesligamento involuntário do transponder (dispositivode comunicação semelhante a um radar).“Você tem de apertar o mesmo botãoduas vezes: uma para colocar na freqüência e outra paracolocar em stand by. Não é uma coisa que se façacom um esbarrão ou algo dessa natureza”.Curado está sendo ouvido agora na CPI doApagão Aéreo da Câmara. Curado disse tambémque não há possibilidade de o funcionário daEmbraer que acompanhava o vôo ter pedido aos pilotos do Legacydesligar o transponder para testar o equipamentoCurado explicou que aviões do porte doLegacy dispõem de dois transponders: em caso de falhado primeiro, o segundo é acionado pelo piloto. Ele dissetambém que Axel Air, empresa que comprou o jato, jáhavia comprado outras aeronaves desse tipo e nunca houve reclamaçõesquanto aos equipamentos.“Temos mil aviões dessa categoria nomundo e desconheço qualquer registro de falha no transponder,seja nessa aeronave, seja em outra desse porteO funcionário da Embraer que estava noLegacy, Daniel Bachmann, vai prestar depoimento amanhã àCPI..No final de setembro do ano passado, um jatoLegacy fabricado pela Embraer bateu no ar com um Boeing da Gol,provocando a morte de 154 pessoas, o maior acidente aéreobrasileiro.