Profissionais do sexo pedem medidas para reconhecimento efetivo da atividade

01/06/2007 - 18h33

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Apresentações de dança, música,teatro, além de feira de artesanato e comidas típicas, marcaram ascomemorações hoje (1º) do Dia Internacional da Prostituta, no centrodo Recife. As atividades foram promovidas pela Associação Pernambucana de Profissionaisdo Sexo (APPS). A instituição, fundada há cinco anos, funciona em três salas deum posto de saúde pública, disponibilizadas pela prefeitura da cidade.Segundo a coordenadora da entidade, Nancy Feijó, entre as reivindicações da categoria estão a instalação de umasede própria e a inauguração de núcleos de assistência às prostitutas em outrosmunicípios do estado. As profissionais do sexo querem ainda medidas para colocar em prática o reconhecimento da profissão, incluída na classificaçãobrasileira de ocupações do Ministério do Trabalho.“Queremos ter direito aaposentadoria e a outros benefícios concedidos pela Previdência Social", defende Nancy Feijó. A Associação Pernambucana de Profissionaisdo Sexo faz parte do Fórum de Mulheres de Pernambuco e atua emconjunto com a Rede Brasileira de Prostitutas, na promoção de eventos eformulação de políticas públicas em parceria com instituições governamentais,que beneficiem a categoria.Em Pernambuco, 2,6 mil profissionais do sexoestão sendo atendidas por um projeto do Ministério da Saúde que financia adistribuição de camisinhas para aprevenção de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Na Associação Pernambucana de Profissionais do Sexo, as mulheres recebemassistência psicológica e jurídica, além de orientações sobre saúde, educação,direitos humanos e prevenção a violência.