Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro -
Um evento internacional, criado em 1995 na cidade de Nantes, na França, pelo produtor cultural René Martin, e que ocorre anualmente também em Bilbao (Espanha), Lisboa (Portugal) e Tóquio (Japão), ganha neste fim de semana sua edição no Brasil.
A cidade escolhida para sediar a Follie Journée (Um Dia Maluco) na América Latina foi o Rio de Janeiro, que abriga, de hoje (1º) a domingo (3), cerca de 40 concertos musicais, patrocinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em salas como o Theatro Municipal e a Cecília Meirelles.
A chefe do Departamento de Economia da Cultura do BNDES, Luciane Gorgulho, informou que o projeto-piloto começa hoje no auditório da instituição, com a apresentação do sexteto Maurício Carrilho. Como a proposta é atingir as raízes da música erudita, que é a música popular de cada povo, o Brasil estará representado por uma de suas mais importantes matrizes, que é o choro.
Gorgulho disse que “o grande diferencial do evento são os vários concertos concentrados em poucos dias, em várias salas simultâneamente e a preços populares”. Os ingressos custarão entre R$ 1,00 e R$ 5,00, seguindo a lógica do evento original francês, destacou a técnica do BNDES. Isso significa “ingressos a preços populares, shows de qualidade concentrados num espírito de maratona, para democratizar o acesso da população à música clássica e tirar a questão do “glamour” que envolve normalmente esse tema”.
Segundo explicou Luciane Gorgulho, as apresentações obedecem à lógica de uma maratona. “Ele se compõe de diversos concertos. É como se fosse um festival de cinema, onde você sai de um filme e vai para outro. A idéia é essa: Você sai de um concerto e vai para outro. São concertos de altíssima qualidade, com intérpretes renomados, tanto nacionais quanto estrangeiros”.
Entre os intérpretes que participarão do Rio Follie Journée estão o pianista Nelson Freire e o violoncelista Alexander Kniazev. O tema do evento deste ano são As Escolas Nacionais.